domingo, 29 de junho de 2008

O Solitário Jim - Klaus Schlickmann





Lonesome Jim
Direção: Steve Buscemi
EUA – 2005
91min






Lonesome Jim é um filme que conta a história da volta de Jim, um jovem que se frustrou ao tentar morar sozinho em uma cidade grande, para a casa de seus pais. A relação familiar é estranha, e por mais que seus pais o recebam de braços abertos - como toda família que se importa - seu irmão tem um pé atrás.

Os diálogos são completamente constrangedores e sempre acabam em silêncio, tendo um ritmo lento e pesado, passando ao espectador uma boa dose de aflição, amargura e solidão, sempre que qualquer um dos personagens abre a boca. Passando sempre insegurança e energia negativa, parece que nenhum personagem é feliz. E de fato, nenhum deles é.

Quando falamos da trilha sonora do filme, rapidamente notamos como é realista, mostrando os ruídos de tudo que acontece em cena, com um volume surpreendentemente chamativo, porém, não exagerado. Os carros passando na rua, os passos dos personagens, os objetos se mexendo, e todos os sons que rodeiam o mundo real são representados de maneira marcada e forte.

Esses ruídos, por vezes dão espaço à músicas, sendo essa, em momentos sendo diegética em lugares como um carro, televisão e bares, e sempre com trilhas alegres e ao mesmo tempo depressivas que contrastam sempre que presentes, nas cenas do filme.

Por meio da música, pode o filme diluir a amargura exalada pelos personagens em meio à tanta depressão e humor negro?

Posso afirmar ser esse o papel da trilha músical de “Lonesome Jim”. Em meio à brigas, armações, constrangimento e solidão, são as músicas com violões e frases como “coisas melhores estão por vir”, que impedem o espectador de cometer suicídio ou deixar a sala de cinema, trazendo uma música que flui com leveza para dentro de nossos ouvidos, bater de frente com a solidão que marca a atmosfera do filme.

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