Margot at The Wedding
Direção: Noah Baumbach
EUA – 2008
93min
Nicole Kidmann interpreta nesse filme, não apenas sua personagem Margot, mas sim todos os outros que com ela se relacionam. A história começa com nossa protagonista viajando para o casamento da irmã - relação que foi distanciada por motivos não esclarecidos na diegese - e não vai muito além disso. A hipocrisia que circula a personagem é explicitada na sua interação com todos os outros personagens, desde seu filho, marido, amante, irmã e o futuro marido, e até os novos vizinhos da casa de sua infância. Margot critica a tudo e a todos, mas nunca se olha no espelho.
O filme não seria nada interessante dentro dos padrões clássicos de construção narrativa, pois a história seria curta, infeliz e incompleta, mas sendo esse baseado nos personagens, - em Margot, para ser sincero - temos um filme que realmente funciona. Todos os personagens são de características e atitudes que podem facilmente fazer com que o espectador se identifique diante dos diálogos e ações, por conta do realismo e temas presentes em nosso cotidiano.
Por outro lado, o enredo não é o mais importante no filme. Nada importa se o casamento vai ou não ser realizado, se a árvore será cortada ou se uma das personagens vai se cagar nas calças, pois isso são apenas ilustrações das situações do história que nos é contada, como se fossem detalhes de todos os pormenores.
Isso se dá em destaque, pelo desacato que o protagonista tem sobre o total rumo do enredo, pensando apenas em sí própria e expondo todos os outros à afirmação de sua própria importância.
Baseado nessa idéia, tudo que envolve e relaciona Margot é de veras importantes, desde o título da obra ao final da mesma, tornando todo o resto desprezível. O que vale aqui não é o “e viveram felizes para sempre”, mas sim “como Margot influência a vida alheia e se torna inconstante em sua própria”.
O filme não seria nada interessante dentro dos padrões clássicos de construção narrativa, pois a história seria curta, infeliz e incompleta, mas sendo esse baseado nos personagens, - em Margot, para ser sincero - temos um filme que realmente funciona. Todos os personagens são de características e atitudes que podem facilmente fazer com que o espectador se identifique diante dos diálogos e ações, por conta do realismo e temas presentes em nosso cotidiano.
Por outro lado, o enredo não é o mais importante no filme. Nada importa se o casamento vai ou não ser realizado, se a árvore será cortada ou se uma das personagens vai se cagar nas calças, pois isso são apenas ilustrações das situações do história que nos é contada, como se fossem detalhes de todos os pormenores.
Isso se dá em destaque, pelo desacato que o protagonista tem sobre o total rumo do enredo, pensando apenas em sí própria e expondo todos os outros à afirmação de sua própria importância.
Baseado nessa idéia, tudo que envolve e relaciona Margot é de veras importantes, desde o título da obra ao final da mesma, tornando todo o resto desprezível. O que vale aqui não é o “e viveram felizes para sempre”, mas sim “como Margot influência a vida alheia e se torna inconstante em sua própria”.
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