sábado, 28 de junho de 2008

O Céu de Suely - Lívia Bonhsack


Direção: Karim Aïnouz
Brasil
90min




Partidas, chegadas, viagens, despedidas, comemorações, voltas, aeroportos, rodoviárias, passagem. É neste clima que nos sentimos assistindo “O Céu de Suely” de Karim Aïnouz. Viagens podem ser feitas de diversas maneiras. À trabalho, estudo, passeio, diversão, encontro, fuga... e nunca sabemos como vai ser o resultado, se sairá como o esperado ou será um grande fracasso.

Durante o filme, Hermila, a personagem principal, está sempre de passagem. O início e o final do filme se dão com uma viagem de fato. Ela chega em sua cidade natal, Iguatu, depois de ter tentado a vida em São Paulo, sem muito sucesso.

Sua passagem de volta à Iguatu é marcada pelas transformações e sua busca pela liberdade. Voltando à casa de sua mãe, sem seu marido e com um filho.

Hermila está sempre andando de um lado para o outro da cidade buscando seus objetivos. Indo na casa da mãe de seu marido que ainda não voltou para Iguatu, como foi combinado, vendendo sua rifa em diversos pontos da cidade.

O local para a diversão na cidade freqüentado por Hermila é um posto de gasolina. Várias pessoas dançando ao som de músicas locais. O posto de gasolina é um local também de passagem, onde os viajantes param para reabastecer o carro, descansar e comer.

Depois de ser expulsa de casa, Hermila vai morar na casa de sua amiga, fazendo outra mudança.

Depois da desilusão com seu marido e desistindo de viver em Iguatu, Hermila vai procurar uma passagem na rodoviária para o lugar mais longe que consiga ir, neste caso, consegue para Porto Alegre.

O filme então termina com mais uma vez Hermila indo embora de viagem em um ônibus, desta vez, sem seu filho. O Céu de Suely retrata a idéia de que estamos sempre em movimento, tendo que nos reinventar a cada dia.

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