sábado, 28 de junho de 2008

C.R.A.Z.Y. – Loucos de Amor - Lucas Niero



C.R.A.Z.Y
Direção: Jean-Marc Vallée
Canadá – 2005
127min




Com a proposta de fazer uma análise de um filme a partir do som, vários exemplos surgiram, mas um filme que me chamou a atenção nesse aspecto foi C.R.A.Z.Y – Loucos de amor, um filme canadense produzido na região de Quebec, conseqüentemente o idioma falado por seus personagens é o francês. O filme narra a história de Zac em três partes, a primeira mostra sua infância, logo após narra a sua adolescência e por fim a sua entrada na vida adulta. Zac é o quarto irmão de cinco filhos, os nomes dos garotos seguem uma regra curiosa, todos têm a inicial da palavra “crazy”, uma homenagem do pai a música da cantora Patsy Cline.

A referência artística não está somente no título, é um tema recorrente em toda a extensão do filme, é quase pertencente ao gênero musical. Diferentes interpretes dão ritmo a narrativa de acordo com a época em que ela encontra-se. Pink Floyd, David Bowie, Rolling Stones entre outros artistas tornam o filme nostálgico para pessoas que viveram entre a década de sessenta e oitenta, grandes clássicos dessa geração estão presente e moldando o perfil daqueles personagens.

Mas o que difere a trilha sonora neste filme e a transição intra-diegética e extra-diegética em que a música é representada. A mesma música em alguns momentos é apresentada somente a nós espectadores, e em outros momentos os personagem também a escutam. Mas nem uma justificativa plausível é necessária para a música transformar-se intra-diegética, em alguns momentos a música está lá onde não deveria estar, os personagens cantam todos juntos em seqüências em que o naturalismo já não é tão importante.

O roteiro faz questão de evidenciar a própria trilha como um dos elementos principais, expondo a transição de vida de Zac da mesma forma que a transição do cenário musical daquela época.

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